Em plena pandemia, polícia civil e militar do Rio de Janeiro promovem uma das maiores chacinas da história do estado.
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Texto de @movimentos_:
Hoje, dia 06 de maio de 2021, será lembrado como o dia da segunda maior Chacina que o Rio de Janeiro já viu.
Após mais de 7 horas de uma megaoperação da Polícia Civil com apoio da Polícia militar, o resultado foi 25 pessoas assassinadas no Jacarezinho (1 delas, um policial civil). Não presas, nem detidas, e sim, executadas. Vai ter noticiário nomeando as 24 pessoas mortas pela polícia como suspeitas (o suspeito que pode ser assassinado tem cor e endereço), vai ter apresentador de jornal aplaudindo a polícia, vai ter a “grande mídia” chamando a favela de bunker de bandido.
Os moradores do Jacarezinho despertaram às 6h ao som de helicópteros, caveirões e tiros. A questão é que em nenhum outro lugar no Brasil e no mundo é admissível a conduta que a Polícia Civil e Polícia Militar têm em relação as favelas e periferias do Rio de Janeiro com o aval do Ministério Público, que no meio de uma pandemia resolveu contrariar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Mais uma vez a favela não tem escolha. É morrer de tiro, de vírus ou de fome. Estão nos matando de todas as formas possíveis. A política de morte segue funcionando muito bem.
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Fazemos coro com algumas perguntas feitas pelo @institutomariellefranco sobre a chacina de hoje:
1. Quantos e quem são os agentes que participaram?
2. Houve perícia p/ averiguar as mortes decorrentes da operação?
3. Houve prestação de socorro aos feridos e vítimas?
4. As supostas denúncias q teriam motivado a “operação”, segundo Polícia Civil, estão documentadas em um inquérito policial?
5. Elas foram conferidas pelo MP? Como foram aferidas sua legitimidade?
6. Como o Estado será responsabilizado e irá reparar danos?
Ilustração original: Ribs
