Informes sobre a campanha salarial 2024 e mobilização rumo à greve docente

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As professoras e professores do Cefet/RJ definiram na assembleia do dia 03 de abril entrar em greve a partir do dia 02 de maio (02/05). Na mesma assembleia, foi formado o Comando Local de Greve. A pauta de reivindicações da greve está dividida nos seguintes eixos:

● (1) Recomposição do orçamento para manutenção das IFE;
● (2) Recomposição do salário dos SPF;
● (3) Reestruturação das carreiras, mantendo percentuais fixos entre níveis, regimes de trabalho, etc.;
● (4) Revogaço das medidas prejudiciais aos serviços públicos editadas nos governos Temer e Bolsonaro (Novo Ensino Médio, Portaria 983, ponto eletrônico, projeto de lei da contrarreforma administrativa,
reforma da previdência, etc.).

No dia 10/04, o Setor das IFE do ANDES-SN deliberou pela greve nacional do ANDES-SN, que se iniciará no dia 15/04, com mais de 20 universidades e outras ainda por deliberar deflagração de greve. As professoras e professores das Universidades, IFs e CEFETs, organizadas/os no ANDES-SN, agora se somam às trabalhadoras e trabalhadores da FASUBRA (que iniciaram a greve em 11/03), com mais de 40 universidades em greve de trabalhadores TAEs, e do SINASEFE (cuja greve teve início em 03/04), com mais de 470 unidades em todo o país. Portanto, se inicia uma greve unificada da educação federal em todo o país.

No dia 10/04 houve uma reunião da mesa nacional de negociação permanente, antecipada por força das greves e paralisações, e o governo manteve a proposta de reajuste zero para 2024, deslocando a negociação salarial para mesas específicas com cada categoria, abandonando, inclusive, a proposta rebaixada anterior de fornecer somente 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026; manteve somente a previsão de reajustes pontuais em alguns auxílios (que não contemplam a maior parte dos aposentados, nem todos os docentes da ativa), mas os condicionou ao aceite do reajuste zero no salário e, num primeiro momento, à não realização de greve. A postura do governo, representado por um ex-dirigente da CUT na mesa de negociação, foi uma prática antisindical e ilegal.

O Comando Local de Greve da ADCEFET-RJ se reuniu no início desta semana para preparar a mobilização da greve no Cefet/RJ e discutir as eventuais questões sobre essencialidade ou excepcionalidade da greve. Nesse sentido, é importante dizer que essas situações serão definidas pelo movimento grevista e encaminhadas a partir do momento que iniciarmos a greve na instituição, a partir do dia 02/05, para negociação com a gestão da instituição.

O CLG está atento às demandas e dúvidas de toda comunidade cefetiana que tem procurado seus membros. Em breve, publicaremos nas redes sociais da ADCEFET-RJ um conjunto de respostas às dúvidas que têm surgido na comunidade, bem como materiais que ajudam a sanar essas dúvidas, também presentes nos sites do ANDES-SN.

Importante que procurem acompanhar essas redes da ADCEFET-RJ e dos sindicatos nacionais (ANDES-SN, SINASEFE e FASUBRA) para obter mais informações sobre a greve na educação federal.

O CLG criou um e-mail, como canal de comunicação sobre a greve: mobilizacaogrevecefetrj@gmail.com

Lutar quando é fácil ceder!
Só a luta muda a vida!

Rio de Janeiro, 12 de abril de 2024

Comando Local de Greve da ADCEFET-RJ

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