49 anos da Revolução dos Cravos em Portugal

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Hoje, 25 de Abril, celebramos o quadragésimo quarto aniversário do último exemplo de um levante radical e popular na Europa Ocidental, a Revolução dos Cravos portuguesa, que derrubou a ditadura mais antiga do continente e se aprofundou a ponto de ameaçar o poder da burguesia.

De abril de 1974 a novembro de 1975, a classe trabalhadora portuguesa procurou quebrar o aparelho de Estado herdado do regime de Salazar e apontar para um socialismo democrático nas condições de atraso econômico e repressão política legados por uma ditadura que deteve o poder por mais de quarenta anos.

Que o aniversário dessa revolução nos traga um cheirinho de alecrim. O espírito de luta revolucionário atravessa gerações, navega léguas e tanto mar e nunca morrerá!

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Fiquemos também com esta importante reflexão do militante @AndreTripeiro (em seu twitter):

A Revolução de Abril é obra do MFA, mas também de milhares de mulheres e homens anarquistas, comunistas e antifascistas, que combateram o fascismo, da classe trabalhadora que ocupou as ruas, fábricas, terras e habitações em autogestão. Do povo africano que combateu o colonialismo.

A democratização politica e social não foi uma outorga do poder, foi uma conquista imposta ao poder pelo movimento popular nas ruas. Foi nos bairros, nas escolas, nas zonas rurais, nas fabricas que ocorreu a destruição das bases do regime fascista.

A destruição dos órgãos de repressão e da censura, das milícias fascistas, a conquista do direito à greve, salário mínimo, ferias pagas, liberdade sindical, autogestão das fabricas, ocupações das habitações e a reforma agrária foram concretizados muito antes de serem legalizados.

Estas conquistas muitas vezes acontecem contra os novos órgãos de poder do Estado e contra os partidos políticos, através das comissões de moradores e trabalhadores.

Este é dia de recordar os presos e mortos do Tarrafal, Caxias e Aljube. A resistência de quase 50 anos dos anarquistas, sindicalistas e comunistas, dos povos africanos massacrados e torturados, das mulheres violadas.

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