A culpa nunca é da vítima. ESTUPRO CULPOSO NÃO EXISTE!⠀
Durante uma festa em dezembro de 2018, Mariana Ferrer, de 23 anos, foi drogada e estuprada pelo empresário André de Camargo Aranha. A própria vítima tornou seu caso público pelas redes sociais, com a intenção de pressionar a investigação que considerava parada devido à influência de Aranha (homem branco, rico e filho do influente advogado Luiz de Camargo Aranha Neto). O processo foi marcado por troca de delegados e promotores, sumiço de imagens e mudança de versão do acusado e hoje, dois anos após o crime, o julgamento terminou com uma sentença que agride e fere totalmente a integridade da vítima.
A defesa do empresário, a despeito do apelo desesperado de Mariana para cessar tamanha humilhação e culpabilização, mostrou cópias de fotos sensuais produzidas pela jovem enquanto modelo profissional antes do crime como reforço ao argumento de que a relação foi consensual. “Nem os acusados, nem os assassinos são tratados da forma que eu estou sendo tratada, pelo amor de Deus, gente!”, clama Mariana.
Confira na matéria do The Intercept Brasil o vídeo do revoltante julgamento: http://bit.ly/intcpmariferrer
Segundo o promotor responsável pelo caso, não havia como o empresário saber, durante o ato sexual, que a jovem não estava em condições de consentir a relação, não existindo portanto a intenção de estuprar. Por isso, o juiz aceitou a argumentação de que ele cometeu “estupro culposo”, um crime não previsto por lei! Como ninguém pode ser condenado por um crime que não existe, Aranha foi absolvido.
Até quando o poder do homem cisgênero, branco, de classe alta, vai ultrapassar os direitos da mulher? Até quando seremos massacradas por esse sistema misógino e arcaico, que segue assassinando mulheres a cada duas horas? Quando o patriarcado quer se manter, até nome novo para crime se inventa.
Assine por Justiça para Mari Ferrer: http://bit.ly/justicapramariferrer
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