Edson Luís, Presente!

0

28 de MARÇO, DIA DO ESTUDANTE

Nesse dia relembramos o assassinato de Edson Luís, estudante secundarista, morto na ditadura militar em 68. Esse dia marca nossa memória como um dia de luta e resistência. Nossa homenagem a Edson e a todas e todos estudantes de luta é não arredar pé das ruas para barrar a reforma do “Novo” Ensino Médio.

#28M#secundarista#socialismo#comunismo#anarquismo#ocupa#movimentoestudantil#escola#EdsonLuis

Edson Luís foi morto quando um grupo de estudantes iniciava um ato contra as condições precárias do restaurante Calabouço, que distribuía refeições a preço popular para alunos da rede pública e servia como base de articulação do movimento estudantil, no Centro do Rio. Por volta das 18h daquela quinta-feira, 28 de março de 1968, policiais militares chegaram dispostos a reprimir qualquer sinal de protesto e começaram a efetuar prisões. Diante da resistência de alguns manifestantes, os agentes reagiram fazendo disparos, e uma bala atingiu o peito do estudante secundarista Edson Luís Lima Souto, de 18 anos.

Inconsciente, o rapaz foi levado às pressas por colegas para a Santa Casa de Misericórdia, onde foi constatada sua morte. O projétil atravessara-lhe o coração, batera na coluna vertebral e perfurara seu pulmão. Natural de Belém (PA), Edson era muito pobre e tinha chegado ao Rio dois meses antes, atrás de uma vida melhor. Ele estudava no Instituto Cooperativa de Ensino, ao lado do Calabouço, e fazia bicos de faxina, mas não tinha onde morar e dormia no restaurante. Para o menino, defender o Calabouço era como defender a própria casa. Sua morte afetaria o curso da história do país.

O Brasil era governado, desde 64, por uma ditadura militar. Até 1968, houve pouca agitação nas ruas, já que o regime coibia qualquer indício de manifestação. Mas a morte no Calabouço gerou a uma série de atos pelo retorno da democracia, como a famosa Passeata dos Cem Mil, e deu força para a oposição. O ano de 1968, contudo, terminaria com a edição do Ato Institucional de nº 5 (AI-5), o “golpe dentro golpe”, que endureceu ainda mais o regime.