#8M Mulheres, vida e liberdade!

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Todo Dia é Dia da Mulher Trabalhadora
Em defesa dos nossos direitos! Chega de violência!

Nós, mulheres trabalhadoras, lutamos diariamente contra o machismo, a exploração e a opressão nessa sociedade desigual e injusta. Nesse 8 de Março, Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, não queremos flores nem felicitações, nós exigimos direitos iguais, o fim dos assédios, da violência e dos feminicídios!

Temos uma dupla, muitas vezes, uma tripla jornada de trabalho, pois além do trabalho para o nosso sustento e das nossas famílias, ainda realizamos todos os afazeres domésticos, nos dedicamos à criação das crianças, aos cuidados com os idosos e com os demais, e muitas de nós ainda se esforça para estudar, sonhando em melhorar de vida.

Apesar de toda a importância do nosso trabalho, não somos reconhecidas nem devidamente recompensadas, muito pelo contrário. Somos mais da metade da força de trabalho do país, chefiamos, ou seja, somos responsáveis pelo sustento de cerca de 45% das famílias brasileiras. Porém, segundo o IBGE, nós estamos sofrendo mais com o desemprego, pois no 2º trimestre de 2022, nossa taxa de desemprego foi de 11,6%, enquanto a taxa entre os homens foi de 7,5%. Considerando o racismo, o desemprego entre nós pretas e pardas é muito maior: atingindo 17,1%.

Nossos salários são mais baixos do que os dos homens, principalmente se comparado com o salário dos homens brancos, que receberam em média 3.574,00 reais mensais no ano de 2022, enquanto que nós trabalhadoras pretas e pardas recebemos 1.771,00 reais.

Se essa sociedade capitalista nos explora e nos oprime com o machismo e com o racismo, nós respondemos com luta e resistência, com solidariedade e ajuda mútua. Multiplicam-se os coletivos de luta das mulheres trabalhadoras, com acolhimento, autodefesa, resistência e conquistas de direitos!

O quê fazer? Pelo que lutar?

A mudança dessa situação exposta só acontecerá com nossa organização e luta pelos direitos iguais e contra a exploração capitalista e machista. Para isso, temos que organizar comitês de autodefesa e de lutas pelos direitos das mulheres nos nossos locais de trabalho, estudo e moradia.

Uma vez organizadas, lutaremos por:

  • salários iguais entre homens e mulheres;

– licença parental remunerada por tempo igualitário de seis meses para homens e mulheres;

  • expansão da rede pública de creches com funcionamento em horário integral, incluindo o noturno para atender quem estuda ou trabalha de noite, com trabalhadores concursados, infraestrutura adequada e projeto pedagógico baseado nos princípios “educar, cuidar e brincar”;

– criação de fundo público para remuneração salarial de trabalho doméstico de mulheres da classe trabalhadora;

  • fim dos assédios morais e sexuais nos locais de trabalho e estudo;

– legalização do aborto e acesso gratuito pelo SUS em todas as unidades de saúde capacitadas, inclusive as da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS);

  • fim da violência obstetrícia;
  • fim de todas as violências físicas e psicológicas.

Pela Vida das Mulheres!